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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007 Esse era um fragmento de meu ultimo post...
...mas como eu não o queria tão gordo quanto eu, resolvi decapita-lo de lá e dar vida a alguns detalhes.
Assim!, o Riacho de Aurélio é uma vista linda. Começa, é claro, numa porteira e finda em outra... ...mas entre as duas há tanta magia quanto se pode haver! Logo depois da primeira porteira, ainda coladinho na roça de Sr Orozino, tem a casinha velha, que é feita de Adobe (espécie de tijolo enorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrme que é a moradia dos sonhos de qualquer barbeiro. Sim, barbeiro!, aquele besouro que transmite a doença de Chagas) e ainda me lembro de ter dormido lá. Aliás, foi no pé de goiaba de seu quintal que levei uma facada nas costas - uma pequena marginal... Tsc! Pouco depois da casinha de adobe, a estrada se abre em um glorioso e elevado V. Gosto particularmente de 4 pontos deste V; 3 marcados por ávores e 1... Vou falar deste 1 ponto por ultimo! A primeira árvore... Não faço idéia do nome ou da espécie dela, sei que é enorme e pontiaguda, como os pinheiros. Não dá frutos ou flores, mas têm folhas de um verde que faz os olhos doerem em dia de sol. Em baixo dela tem um bocado de arvorezinha, que sempre me fez pensar nela como uma mãe. De seus galhos fazia varas de pescar - que logo jogava fora pq nunca foi um hábito saudável pra mim - e chicotes pra cavalo. Depois da creche da arvore zona, tinha um regatinho feito pela chuva. Sempre o via seco, mas ainda assim não consigo imaginar aquele lugar sem ele... Do lado oposto do V, um pouco mais adiante, um juazeiro. Muitas, muitas e muitas vezes andei em volta dele com uma pedra na cabeça regando flores mortas de São João. Sim, pra pedir chuva. Sempre tive medo dele, passava longe, se era meio dia. É que, como muitos de nós sabemos, o diabo aparece ao meio dia debaixo dos pés de juá. Agora, voltemos pra o outro lado, no ponto mais alto da ladeira, e lá está ela! Alta, pomposa e amarela! aos seus pés, embaixo dela, quando venta - e venta muito - eu andava sobre um tapete macio e amarelo. Subia nela e me sentia acolhida, abrigada. Enquanto brincava, prendia largatixas na ponta de uma forquilha... ...era de baixo dela que a charrete quebrada ficava. Era de baixo dela que me sentia como Scarlat O´Hara. Sim, em ...E o vento levou. Não era também em ...E o vento levou que tem uma árvore no alto de uma ladeira onde o por do sol é incomparável? O quarto ponto que marcava o V, eram os barracos... ...continua! Marcadores: passado Enviado por Ban
às 19:19
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