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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007 Daquele tempo, o que me faz mais falta, é aquela que eu era...
hoje estive no Iuiu;
nos três primeiros segundos que sucederam à passagem na roleta do ônibus, estive no Iuiu; há 3000 Km de lá, estive no Iuiu. Engraçado... Engraçado como algumas coisas se perdem, mas nossa memória é levada conosco. Engraçado como um pedinte - chatooooo - no ônibus te tira de seu pior lado e lhe leva de volta, ao mesmo lugar, porém no lado mais doce de seu passado. Sempre fomos quatro. Di, eu, Júnior e Paulinha, respectivamente em ordem de idade. Desta vez não será sobre qualquer um dos quatro, desta vez será a respeito de todos. Paulinha... Jesus Cristo! Desde que me lembro tê-la visto pela primeira vez, era gorda e tava chorando. Bem, como os outros de nós que sobraram nunca foram trem de gente, quando ela não tinha motivos pra chorar, nós dávamos um jeitinho de arrumar um pra ela. Ela, é claro, caia direitinho... ...até endurecer. Não me envergonho de minhas traquinagens de menina serelepe, me orgulho da pessoa que ela é hoje, é claro, com um empurrão nosso. Vários, pra ser sincera... ...e no literal da palavra. Bem, talvez eu não devesse ter deixado ela comer aquele resto de biscoito de morango que tinha no pacote que ela tinha acabado de vomitar dentro. Mas deixei e Paulinha tá aí, como prova viva de"O que não mata, engorda!" Di. Nasceu tolo e vai morrer Tolo... ...se assim Deus permitir. Amém. Júnior? Júnior, tio 6 meses mais novo que eu, resto de parição de minha avó, sempre foi e sempre será alguém que nunca vou entender. Sabe aquele tipo de dúvida que todo mundo tem: Pq não ganhei na Mega-sena? Pq não nasci milionário? Aquele tipo de dúvida que só tem dois tipos de respostas possíveis: 1) Porque Sim! 2) POrque Não! É asssim que vejo Júnior. Como aquela icognita. Como aquele vulto que você nunca vai saber se era um fantasma. Como aquela segunda luz, no céu, no meio do dia e que te faz pensar que é o fim do mundo. Ama osanimais com a mesma intensidade com que é cruel para com eles. A versão masculina de Felícia. Aos 21 anos de idade desenvolveu uma das cinco mutações de Léber e hoje em dia, lida melhor com sua falta de deficiencia que todos nós. Eu? Eu olho o passado e choro; olho o presente e choro; olho pro futuro e choro... ...por saudade, medo ou cegueira, choro. Pelo visto, fiz a coisa errada. Ainda que fazendo certa. Não se pode ser feliz pensando/sonhando em ser como Júnior ou Paulinha. Não se pode ser feliz sem essas lembranças... Enviado por Ban
às 20:15
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