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terça-feira, 12 de setembro de 2006
[Tomara que fique só no Part One...]
Uma vez apareceu um caroço em meu rosto. Tá, não era em qualquer lugar de meu rosto, era na palpebra inferior e eu estava no auge de meus 21. O caroço cresceu em proporções que eu via, a todo instante, se tornarem catastróficas, mas eu não tinha força pra mais que chorar. Claro que eu chorei, pois, duas horas depois, levei uma pancada no dente e ele ficou levemente mais escuro! Se eu já fosse uma pessoa experiente, tinha tomado uns dois prozac! Mas não, deitei na minha cama de colchão ortopédico e chorei... "E eu chorei, chorei..." Não... eu não fui no médico. Ir em médico pra que se eu poderia me lamentar e lamentar sem fazer nada? Sem tomar atitude alguma??? Pois é, foi isso que eu fiz. Chorei. Até que dormi. ...e quando acordei o caroço tinha sumido. Quando vi que tinha sumido, minha depressão continuou. Então minha vida não tinha acabado? Eu não teria mais aquela verruga horrível pra culpar pelos meus problemas amorosos e sociais? Caralho... Só faltava a mancha preta do dente sumir. O que, é claro, acabou acontecendo. Muito mais cedo que eu imaginava e um pouco mais tarde que a verruga. Não era uma verruga, era um caroço, mas a sensação de que eu tinha me transformado em uma bruxa má e verruguenta não tinha ido embora. Hoje, 12 de setembro de 2006, menos de um mês pra meu aniversário de 27 anos, e estou aqui, dando a louca à procura de um tarja preta. ...e eu que pensei que as tragédias de minha vida tinham me abandonado... Enviado por Ban
às 10:44
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