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quarta-feira, 27 de setembro de 2006
fiquei olhando pra ela, apertei os olhos, dei tapinhas na cabeça, mudei de posição 3 vezes na cadeira, mas nada me fez mudar de idéia.
Tenho que postar hoje. Tenho de postar hoje por que quero postar hoje. Falta de inspiração? Não chamaria bem disso, chamaria de uma única coisa martelando em minha cabeça. Uma única coisa que tem uma dimensão tão grandiosa que me faz pensar no conceito de hipertexto. Falarei de nada ou de porra nenhuma, mas não falarei de mim. Já disse, estou treinando deixar meus sentimentos fora dos editores de texto, então, melhor... Já sei, falar das coisas que sinto quando tem algo à flor da pele, é como uma droga: vicia. E agora que estou tremendo minhas perninhas por baixo da mesa (ansiedade? Não. Frio mesmo. Peguei uma chuva do cabrunco depois que saí da rodoviária) e que os dedos procuram letras que eu não quero no teclado é que percebo o quanto estou dependente. Vomitar num editor de texto vicia, sim. Ele se torna, para nós, como aquela pessoa que está, a qualquer instante, disposta a ouvir suas lamúrias e suas felicidades. Mas moço, tenho mesmo paixão por escrever ou apenas por tornar público meus segredos e desafetos? Tenho paixão por escrever - assim como pelo teatro. Ainda me lembro do tempo, no auge de meus 14 anos, quando todas as coisas que eu escrevia eram escondidas dentro do guarda-roupas ou camuflada em algum caderno que deveria ser alguma outra coisa. Primeiro foi Paulinha lendo. Depois veio o Blog pra eu avaliar se eu era assim tão boa e enfiar de vez a cara numa história e partir... bem, tudo tem um ciclo, né? Com o blog, me acostumei com criticas e elogios. E viciei nisso... Viciei sim, pq mudei de pouso por váááárias vezes e ainda assim, nunca tive um blog sem comentários. Me tornei escrava dessa imagem. Assim como me tornei escrava de meus impulsos. Não, não vou deixar de ser uma pessoa transparente, mas vou deixar o teclado entre o real e o virtual, afinal, quem tem de escolher o que escrever sou eu, e não o contrário... [já me basta que em outras estórias, eu é que sou escolhida...] Enviado por Ban
às 08:16
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