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quarta-feira, 24 de agosto de 2005 Qdo eu era pequena, sempre ficava grilada qdo mamae dizia que eu era "sabida" demais pra minha idade, e, nao tirava isso de minha cabeça. Aquela história de que eu sabia tudo de sexo, de que sabia me portar e conversar com pessoas de qualquer idade. O lance do sexo e de saber me portar nao me preocupava, pq isso eu sabia que, ficando caladinha num canto, era nota máxima na certa!!! Mas e qto a saber conversar? Essa questão me deixava com cabelos brancos! Me preocupava com isso, sério! Em meus 7, 8 anos de idade, minha casa só vivia cheia de gente que eu achava o máximo dos máximos, amigos de mamae e papai e, eu queria, mais que saber me portar, falar com eles, poder prender a atenção deles. Me tornar interessante pras pessoas que eu achava tão interessante! Chamei Juliana num canto. Para Juliana, lê-se vizinha seis meses mais nova que brincava comigo. - Jú, Eu sei conversar? - Vc tá conversando... Pela resposta dela, vi que nao ia dá certo. - Hum... Coisa séria? - Acho que sabe - Vamo conversar um pouquinho. - Então tá... -"..." -"...!" - Vamo brincar de quê? Desisti de Juliana. Teria de ser com outra pessoa. Passei a brincar com Rosa. Segundo grau, enquanto eu era quarta-serie primario. Provavelmente 10 anos mais velha. A casa só vivia cheia de adolescentes e adultos. Ela sempre conversava com todo mundo, pois eu via qdo passava na porta dela. Quem poderia ser melhor pra avialiar a "qualidade de meu papo"? Na minha opinião, ninguém. Mas com Rosa, resolvi usar uma estratégia diferente. Eu iria apenas observar seus passos, nada mais. Passei a frequentar a casa dela. No primeiro dia, nao deu em nada. No segundo dia, mal entro, Rosa me chama na maior cara de felicidade: - Vamo brincar? Quero te ensinar uma coisa... Desistir de saber se eu conversava ou não. Resolvi aprender a desenhar roupas e costurá-las. Nesse quesito, sim!, eu podia perguntar a Rosa se eu estava aprovada, decidi. Em nenhum outro mais. Por hora, íamos criar roupas de bonecas com desenhos mirabolantes! Qdo chegasse o momento de ter conversas sérias, meu interlocutor decidiria por mim, sem eu ter me ocupado disso antes... Bem, depois de Juliana, é claro! Cheguei a conclusão, estudando Rosa de perto, que aquela era a hora de eu brincar, que o resto simplesmente, aconteceria! E que qdo eu tivesse que fazer coisas sérias, iria sentire falta daqueles momentos e que fazíamos bonecas com raízes e roupas com folhas, então, suguei tudo que pude dos dias que eu tinha na casa de Rosa. Posso não ser boa de papo, mas tive uma infancia bem vivida, porntanto, serei um adulto melhor! Ah, e qto ao verbo, tá certo. Ainda serei uma adulta, um dia... se Deus quiser!
Enviado por Ban
às 07:22
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