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quarta-feira, 27 de julho de 2005

Deu vontade de escrever mais...

Dy e Mamãe - A foto é minha, mas o mérito é delas!

Me lembro bem, minha mãe fazendo bonequinhas cheirosas de parafina pra mim, eu sentada em cima da mesa - de castigo por ter, eu mesma, cortado meus cabelos com a tesoura de cortar unhas. Jutifico: foi rebeldia, sim! Tá, eu tava espetando os escorpiões com um palito de dente, mas ela precisava gritar tanto comigo por isso? Sei, precisava sim...
Paguei por isso, mas não era tão mal castigo em cima da mesa, eu me sentia uma princesa na torre... Apesar de quê... eu ainda preferia estar no quintal, junto dos pés de mamona, vendo os micos que tinha lá e espetando os escorpiões-amarelo-dourados-pouco-venenosos-de-rabo-pra-cima.
Era setembro do ano que Tancredo Neves morreu. Outra coisa que não esqueço, chorei pela morte dele como quem chora a morte de um parente beeeem próximo. Mas era exatamente esse meu pensamento: que ele era meu avô. Pq? Eu sei que tava beirando os 6 anos mas eu convivia pouco com vovô Férnando - Hehe, com acento agudo, e, olha de onde herdei meu nome!!!- e eles se assemelhavam muito na careca. Além do mais, o sr Tancredo era de Almeida Neves. Like me, mas só o almeida...
- Se seus pais se separarem vc vai morar com quem? - A pessoa que falou, isso eu não lembro. Mas ta entre Ilma (uma prima) e Norminha (tia)
- Papai vai embora, mamãe? - já com lágrimas nos olhos. Nos meus E N O R M E S olhos.
- Não... ela só ta perguntando isso pra saber de quem vc gosta mais. - Mamãe disse com aquela cara de mãe e lamentarei a vida inteira minha resposta.
- Eu gosto mais de Papai, ué!- disse alegre e inocentemente.
Ela achou bonito eu dizer aquilo, e ficou contando pras pessoas que tavam lá naquela tarde de artesanato o qto eu era ligada a Papai, que nós assistiamos filmes a madrugada toda e do qto eu ficava triste qdo ele viajava...
Têm 16 anos que vivo com a ausencia de meu pai, desses 16, 6 sem dar a minima noticia. Não esteve presente nos momentos mais importantes de minha vida, nem nos futeis da adolescencia, não me ofereceu mão pra eu me apoiar qdo estive prestes a cair no desespero, nem o ombro pra eu chorar qdo a vi morrer...
Inda bem que Existe Mamãe... A pessoa que é exatamente a definição para a palavra mãe, que eu amo acima de todas as coisas, e, que tenho tentado fazer de cada um de meus dias, um agradecimento/homenagem à sua pessoa, aos seus esfoços e à sua dedicação incondicional.
Com isso tudo, mesmo não esperando nada de Paulo César, ele é maior decepção de minha vida. Nem mais, nem menos...

Enviado por Ban às 13:27